Microbiologist: Care for an algae snack?
Source: Revista Visão
Green professions and skills sought on the microalgae sector.
Special notebook from Portuguese magazine Visão on green professions and skills sought on the microalgae sector.
Full article transcript below (in Portuguese):
O setor das algas já emprega dez mil na Europa
Pelas "paredes" transparentes e pela temperatura amena dir-se-ia que se trata de uma estufa. Até é. E até cultiva potenciais alimentos. Mas não dos que se veem nas tradicionais edificações de plástico.
Aqui, não há terra, nem legumes. Apenas tubos, onde circulam a grande velocidade as microalgas. O movimento é essencial ao bom desenvolvimento da planta. "O que está a acontecer aqui dentro é uma biorreação, em que as algas convertem o CO2 na sua própria biomassa", explica Luís Costa, engenheiro biológico.
Em plena Lisboa estuda-se, assim, o comportamento de uma planta marinha que promete.
A transformação em pó e embalamento fica para a unidade de Pataias, em Alcobaça. Graças à investigação aplicada cerca de 80% dos trabalhadores da empresa têm mestrado ou doutoramento a A4F atingiu os 800 mil euros de faturação em 2009, chegando a 1,2 milhões em 2013. Onde há seis anos trabalhavam três, trabalham agora meia centena. Tudo com produção de algas para alimentação e produtos dietéticos.
Há muitos anos que as microalgas são vendidas para alimentar peixes em aquacultura. Agora o objetivo é chegar aos humanos. Crocantes aperitivos e gelados da microalga Clorela são já uma realidade. Mas há também experiências com azeite. "A Clorela contém 50% de proteína completa, mais do que a soja, que se fica pelos 40%, e cresce mais depressa do que o milho ou a soja", explica a bióloga marinha da Allma, Sofia Mendonça. Na Europa, o setor das algas vale mil milhões de euros por ano e garante dez mil empregos, de acordo com a Associação Europeia da Biomassa de Algas, presidida por Vítor Verdelho.
Em Portugal, o físico e gestor de empresas de biotecnologia, conta 250 postos de trabalho para a produção e investigação no setor das algas.
A moda do sushi tem ajudado ao sucesso, mas Vítor Verdelho prevê que o interesse continue a crescer: "São plantas num mundo por explorar, que é o mar. Estamos a começar a olhá-lo como um local onde se podem produzir alimentos. Será uma agricultura muito sofisticada, em água, sem sacrificar os solos. E gerará oportunidades de trabalho, tanto a biólogos, como a engenheiros navais ou a advogados."
POTENCIAL DE CRESCIMENTO: ELEVADO
COMPETÊNCIAS: LICENCIATURA EM BIOLOGIA, MESTRADO OU DOUTORAMENTO EM MICROBIOLOGIA E LÍNGUAS