A4F, Green Aqua e HyChem posicionam-se na vanguarda dos projetos de transição energética
Fonte: a4f
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática e o Secretário de Estado Adjunto e da Energia visitaram a HyChem e o ALGATEC.
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Pedro Matos Fernandes, e o Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, visitaram no dia 23 de julho, na companhia do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, António Oliveira, da Sub-Diretora Geral da Energia e Geogologia, Maria José Espírito Santo, e de outras entidades públicas e privadas, a instalação industrial da HyChem e o ALGATEC Eco Business Park, na Póvoa de Santa Iria.
Esta visita de trabalho efetuou-se a convite dos conselhos de administração dos grupos A4F Algae for Future e Green Aqua Company e teve por objetivo dar a conhecer os projetos inovadores, no domínio da sustentabilidade e da neutralidade carbónica, que ambas as empresas e, também, a sua participada HyChem (antes denominada Solvay Portugal) vêm desenvolvendo.
Trata-se, com efeito, de uma verdadeira transformação industrial, que estas empresas portuguesas começaram a operar, no quadro de uma visão estratégica orientada para uma mudança sustentável e que, a curto prazo, tornará o hidrogénio verde numa realidade em Portugal.
A visita realizada a bordo de um autocarro e de um carro movidos a hidrogénio (cortesia da Caetano Bus), únicos no país, focou-se nas áreas da economia circular, da transição energética – incluindo a economia do hidrogénio e os biocombustíveis – e da biotecnologia.
Hidrogénio verde e novos produtos de base biológica
Perante o desafio da transição energética e da transformação industrial para a neutralidade carbónica, a HyChem propõe-se investir na produção de energia renovável para auto-consumo, na produção de hidrogénio verde (a partir de energia renovável), na adoção de novas tecnologias “limpas” e na introdução de novos produtos de base biológica, numa perspetiva de economia circular.
A Empresa, juntamente com os seus acionistas, tem em carteira um conjunto de projetos de transição energética, que visam transformar por completo a sua instalação na Póvoa.
No âmbito de uma comunidade de energia renovável, o acionista Green Aqua Company tem em curso os trabalhos preparatórios à construção de uma central solar, que crescerá de 2 até 10MW e permitirá diminuir a pegada carbónica e o custo da fatura elétrica. Este projeto está na base de um “piloto” – por semelhança, assim poderá ser designado – do megaprojeto de hidrogénio verde que o Governo português deseja ver a funcionar em Sines.
Na área específica do hidrogénio, este investimento tem ainda por objetivo aumentar a capacidade de produção autónoma, designadamente através de uma instalação de eletrólise da água.
Já sob a coordenação do acionista A4F Algae for Future, a HyChem iniciou o desenvolvimento de um conjunto de soluções de mobilidade de baixo carbono, o projeto Move2lowC, que junta 22 parceiros da indústria, grandes consumidores de combustíveis (entre os quais a TAP) e entidades do meio científico e tecnológico.
Na Póvoa, respeitando diretamente à HyChem e ao seu acionista A4F, decorre o processo de aquisição de um steam reformer para a produção de hidrogénio verde a partir de biogás e a construção de uma unidade de fermentação e de uma biorrefinaria para a produção de bio jet fuel e outros compostos de interesse.
O projeto Move2lowC, financiado pelo programa Portugal 2020, representa um investimento total de 12 milhões de euros e pretende desenvolver soluções inovadoras na área da biotecnologia para a produção de biocombustíveis para a aviação, quer a partir de biomassa de microalgas, quer por via da fermentação utilizando resíduos florestais. Já para a rodovia, a aposta consiste no hidrogénio verde e na produção de gás natural renovável.
A co-localização de atividades da bioeconomia e da indústria tradicional representa uma enorme vantagem para a sustentabilidade: a criação de um cluster bioindustrial englobando empresas situadas na margem direita do Tejo, de Sacavém a Alhandra, numa extensão não muito superior a 12 quilómetros, constitui um desafio e uma clara oportunidade na transição para a neutralidade carbónica.